ímpeto voraz
equilíbrio em contra-sensos a abrandar a cor de medos crueis
irracionais ilusões como fantasmas em orquestras concertadas tocam óperas desafinadas a crescerem nos recantos da imaginação a ser real
...pinto o céu de azul noites em chamas ao acordar
despertam os sinos quebrados pelo mofo da imensidão em anjos caídos
choram as lágrimas no peito castradas em sorrisos
tatuadas a preto e branco
cinzas da escória subalterna a agitar cartazes de poder
olhares que pedem sem querer
vis de tão puros de inocências
...e em gritos de palavras cantadas em uníssono
calam as vozes da revolta oca de ser em resignação
mais um
uma morte a ser
assim a morrer aos bocadinhos
a viver
embrião a ousar embalar a chuva que lá fora cai
cá dentro
a morrer aos bocadinhos
assim num dia como o outro e no outro
mais um traço nas linhas da mão
paixão de mortes em palco sussuram subterfúgios
como algibeiras em gelo queimam fantasmas nos becos pútridos deambulantes a errar certezas.