Wednesday, September 12, 2012

...(jor)nada


 
...escarpas da sorte escapam derradeiras alusões em flor
desabrocham as palavras a silenciarem filmes a preto e branco de eras
eras
a serem relâmpagos acesos na demora de tilintares ofuscantes de sinetes que se contorcem
estremecem as cinzas
e as cores
amores em desarmes de folgas a serem espécie de terror
humores aquosos fugazes

...escapes
viajantes no tempo
nómadas da inglória fuga de nós
vulgos veraneantes a preço de chuva rondam os dias de afectos que foram
som no som oco
viscerais são as tonturas de ser
contos em pontos de pespontos a rasgarem o luar
refazes palpites vulgares sussuros que viram as costas de corda ao pescoço imploram
um
um único afago que te contorça a memória
a seres
voltares no regresso da bruma que te consome

...escarpas da sorte escapam
por entre brios e sonhos e verdades ocultas de antemão valem gritos
valas de abismos a entrar de rompante em bicos dos pés
demoram
demoram-se na demora
enquanto és
volts ao rubro a estilhaçar razões
vagas alusões reflectidas no espelho
brancas são as noites de dias em rigores de inverno
correm-te gatunos nas veias
pechinchas de sei lá o quê que comes na palma das mãos
guardadas por cadeados que corroem...
...tentações.