Scorpion flower, token of death... Curse the day, hail the night... Flower grown in the wild...
Sunday, May 27, 2012
(per)ver(si)dades
...porquê
quantas vezes me pergunto
escolhas a ressoar no eco obscuro da minha mente impura pedante enlaçada em horror
...porquê
trespasses na linha do certo incerto
em notas graves do intelecto
fugas de louvor
calma em máscaras de circo errante
como malabaristas a correr nas farpas da loucura que omites
cerca-te de luvas brancas a clamarem liberdade na dignidade puritana dos dias
fingimentos negros em posturas
medos a fugirem das palavras
...porquê
ecos em trespasses de loucura impura a pedir
: perdão.
Tuesday, May 15, 2012
...its dark outside
...à noite quando o relógio canta de mansinho e eu
a correr cá dentro nos ponteiros embasbacados pelo negro da sorte em fragilidades ténues de sussuros...
....sempre tive medo do escuro
dos fantasmas e das ilusões
dos punhais afiados nas mãos dos traidores a abraçarem causas maiores em nome do amor
mas
à noite
os fantasmas caem no chão quente da glória dos actos cá dentro a implorarem descanso
e canso-me de ser
fugas vespertinas a pararem no tempo fustigados pelo vento lá fora a assobiar cantigas de embalar que fecham as portas à memória dos dias em que te vi
via a passar para ficar
ficares dentro de mim
ao toque em segundos de sensações de completude a serem escravas da distância
vulgares palavras prepotentes a ousarem empunhar espadas em cavalos de tróia desconfiados a enganarem a lucidez
da noite...
....e canso-me de ser
assim objecto de batalhas perdidas a reinarem indecentes funestas vitórias
assim joguete inglório do sistema de luzes a contra-tempo
palcos delapidados por sorrisos
aplausos sombras em carne a arderem nos recantos das histórias
e dentro de mim
apenas sei
sei apenas uma palavra a ressoar nas escutas às escuras dos ecos da tua mente
que não sei
o rumo dos caminhos errantes nos empedrados das cidades a rugirem ao luar
e nas palavras entorpecidas pelo cansaço
apenas sei que
...sempre tive medo do escuro.
Monday, May 07, 2012
...in veritas satire
...um palco negro em molduras de luzes foscas
toscas
ocultações de sonhos em telas arrasadas pela água que escorre das paredes
húmus
focos de memória
perturbações ensanguentadas em filmes de zigzags feitos histórias de embalar
meninos
crescidos a acreditarem no bicho papão debaixo dos lençóis a sorrir
tonturas de céu e mar
extravasam o olhar em rituais de sonhos
...transborda a vida
a cor
velozes verdades ocultas na palma das mãos
a sentir
sorrisos de tristezas a pairar
no ar rarefeito dos dias a contarem segundos nos bolsos vazios de farpas
escarpas
a escapar no fim dos dias
quando a noite se põe no sol em horizontes à sombra encostados
em luares de flores arrancadas cá dentro
e tu a cantares
a vulgar tontura de seres
serões aquecidos nos abraços à lareira
trocas de silêncios feitos solidão
a dois
sem dois ermos túmulos a julgarem
a tinta dos traços que lias a sentir ânsia de ser
a ser a ânsia de ver
a ver a tinta a escorrer dos sonhos no ecran
espelhos cá dentro a rugirem
escarpas
a escapar no fim dos dias.
...um palco negro em molduras de luzes foscas
na ignorância a ser
nossa em sentidos desfeitos
luzes a contraluz encarceradas em nós
como somos sós...
na fúria dos dias em sonhos de aves de rapina a quererem ser
a serem
um mais um
dentro de nós.
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