Wednesday, March 13, 2013

...transitoriedade


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Parcos eram os corpos à vassalagem esquecidos
gritam as sobranceiras visões de ontens desfolhados
quedas roucas de vozes agastadas pela razão
meros estandartes a sorrir vãos infortúnios desfeitos
mil braços dados contam memórias
em rigores de inverno à beira da lareira composta reposta em lustres ilustres servos da noite
consórcios reclamam nuances
à chuva caem perdições
mortes lentas do desejo despejam emoções
 
...lá fora ruge o eco de ti
incertas linhas trémulas mãos ardentes
trocas nevoeiros de brio reluzente a contorcer lágrimas ao toque
lá fora és mais
foste dos tais que remordeu fúrias embaladas de sentidos
meros doces amargam gestos cândidos
luares de azul gelam ao frio
estio da sorte ido
foi contigo
em ti
de ti ardem cravos de multidões
apregoam falidos consentimentos
vagos pilares a esmorecer no tempo
reforçam brios em gritos de guerra.
 
A paz é glória esquecida
entregue à onda do esforço escarlate
desvanecem fugas do eu espelhos do outro reflectem medos
tonturas de becos encerram segredos
teus enredos tatuados na pele escritos por dizer
mil le motivs e a realidade
contextos escassos de liberdade
quedam-te os risos e a ambição
foge foge réu de absolvição
rendido ao fogo ardente da vil história
és mais
foste mais
futuros por descobrir
espaços que se encontram iludem
ecos que serão vis escombros gravados na memória.

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