...a noite menina mulher que abraças
enlaces de idos velas acesas incenso jasmim
feita chuva de inocências
dormências do corpo adormecido ao relento alentos
onde o eco é maior eco
no silêncio das luzes rugem lá fora
o eco
sussuros em sombras dobram esquinas onde
queimámos palavras e logros sem norte
ternuras tentações caladas
shiu
beijos de nós grafittis na cidade
cores em nós
olhos onde adormeço teus
gelam sentidos calor
shiu
...a tua ausência dói
me
nossas
egoismos confessos dizes quero-te
aqui
Forçámos o tempo
quebramos sem rasgar laços
quisemos ser encantos que não se dizem
avenida fora como gaiatas nos santos populares
rodam estandartes saias ao vento é Lisboa
aromas que se quedam em flores de Primavera...
...e é Inverno
aqui
e aí no chão que pisas
ajoelhas suplicas anjos e demónios e figuras de estilo à deriva
metáforas tu
e a noite
numa esquina qualquer
aquela a nossa raízes escassas revolvem a terra
onde as horas dormem em portas entreabertas
shiu
o eco cresce em becos acesos sombras
escadas de nenhures cruzam
sentidos obrigatórios
dizem
gosto
a gostar das folhas caídas
e do rumar das gaivotas
o mar que cai
em sussuros lá fora
ecos
...e à noite
a tua voz no meu peito encerra
memórias que somos.
Espera
espero
te
esperas-me dizes num suspiro conténs
reténs reféns claúsuras de sombras maiores
desvanecem medos
espero
shiu
ecos.
1 comment:
gostei........
Post a Comment