...e viveram felizes para sempre.
FIM
sorriu fechou o livro dos dias com as mãos corroídas pelo tempo na falta de ar que sente trespassar-lhe a mente demente
sonha
o vivido já inerte
cala consentindo que a sorte já lhe afagou os recantos da pele
em secretos sorrisos inundados de fel roucas vozes suspiram
vive como se o amanhã fosse ontem em brincadeiras de cabra-cega de vendas nos olhos revirados no suor indiferente pela bruma nas horas que se contam pelos dedos das mãos em pedra de cal esculpidas
as linhas esbatidas em pétalas de dor
os momentos fazem-se cor no baú dos segredos guardado debaixo da cama desfeita pelo cansaço da demora
não espera escreveu sem que os anos passassem na janela do quarto entreaberta ao frio que gela o silêncio lá fora
esperei disse
outros tempos outras verdades outras incertezas na certeza do fim
e as histórias acabam sempre assim pensa
e as histórias acabam sempre assim:
...era uma vez.
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