Sunday, July 03, 2011

...(no)where in pieces



...as palavras
como gotas incandescentes a escorrer como a tinta dos papéis amarrotados em arquivo morto onde te refizeste uno em pedaços de escolhas
intempéries silenciosas sussuram-te ao ouvido
...as loucas nas horas de terror impaciente que te tolhe em escamas de bolores incrustados na parede dos teus sentimentos
esvaiem-se as vontades
erguendo estandartes forjados de nomes em vão de memórias já esquecidas pintadas de horrores negros em branco sujo de cinzentos inflamados a gritar no mercado do facto embevecido em arquétipos de glórias já perdidas há tanto faz tanto tempo
como grutas a gruta onde fantasmas vão correndo sem rumo nem fio de prumo oscilantes vibrações de tormentos atrozes que te tolhem
a memória do ser
tens
rumo
horas
em abraços
escassos dizeres em regaços
em tonturas
enlaces
tens
...as palavras
e a música
e o luar
e o sonho a sussurar
vens
...nas loucas horas de terror impaciente que te tolhe em escamas de bolores incrustados na parede dos teus sentimentos
encostas-te ao que julgaste ser...
ficas
assim lado a lado mirando as roucas palavras que já não pronuncio
fica
em silêncios como fantasmas assombrando a razão que perdemos por
termos
...as palavras
e a música
e o luar
e o sonho a sussurar.


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