Scorpion flower, token of death... Curse the day, hail the night... Flower grown in the wild...
Saturday, May 14, 2011
...(a)mor(sor)te
...sentado como calhau encostado ao vento
vagueias na imensidão da obssessiva paixão que te levou à morte
certa da incerteza decadente do outro
livro esquecido na prateleira a ganhar mofo em folhas amarelas e esburacadas
pelos ratos da fome que te comem a cabeça
e os sentimentos
...gotejas imundo em suor escorregas por entre as paredes pintadas de negro do teu fulgor
ágil e veloz em risadas falsas dos ecos que te acobardam ao som do relógio de parede antigo do teu tetra tetra avô inconsciente em fúrias desmedidas
caído e espezinhado nas folhas secas do outono que teima em reinar
rimar
tocar
agarrar.....te nas peças amarrotadas das entranhas amaldiçoadas paralíticas de ti mesmo
ermos encantos
palpitam-te as escórias antigas re-escritas na memória ofuscada da razão
que perdeste
e voltaste a esquecer
que lembrar é coisa de gente que se cuida
negá-lo nas chagas da carne devassada pelo tempo seria
ser
ter
acontecer........te
não adormecer
e
...sentado como calhau encostado ao vento
vagueias na imensidão da obssessiva paixão que te levou à morte
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