Saturday, October 08, 2011

...fica



volúptias sob o luar de silenciosas declarações
reflectidas no espelho sem espelhos de reflexão
espaços entre nós
rabiscos de memórias
em abraços eternos ternamente guardados em cima da arca milenar encerrada no sotão de ausências declamadas declaradas na casa abandonada sobrevoando os fantasmas fanáticos de louvor
cores a treparem os corpos nus
flores caiadas de branco negro em cinzentos desbotados
desabotoados
a desabrochar nas sementes dos suspiros com que povoámos a noite
na pernoita em suores
risos a confundir a fé na maldade dos sonhos das insónias que gritam
vamos
dizem baixinho as sombras em sussuros tentadores
e as sílabas soltas erguem-se na dança dos horrores ocultos em tentações
como suspiros que se comem de boca aberta à espera
vai
gritam as chamas na árvore de natal encalhada pelo tempo
quem
vem
veio para ficar

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