Scorpion flower, token of death... Curse the day, hail the night... Flower grown in the wild...
Sunday, October 30, 2011
My eyes say i will
Fechei as portas
a cadeados sem chave
nas janelas encrustadas em cimento
parei o tempo nos ponteiros dos relógios imensos que povoam a casa
ruge o silêncio na neblina da noite
e dos dias que passam devagar
a contar as rugas no peito
a parar aos bocadinhos nas pegadas da tua sombra que vagueia nos corredores da mansão assombrada em desencantos do passado esquecido nas lembranças das molduras (ainda) dependuradas a cair de lassidão nas comportas da solidão
A luz lá fora
em luares cá dentro
escondida sob panos de veludo negro a emoldurarem sorrisos de desapegos
A vida lá fora
em pulsares no meu corpo morto
já morto em feridas cicatrizadas perfuradas na pele sob a pele em folhas de papel amarrotadas e recicladas à chuva e ao vento que cobre as esperanças
Fechei as portas
à chave sem cadeados
parei o tempo nos ponteiros dos relógios imensos onde o mundo se contrói e reconstrói
a parar aos bocadinhos...
em sussuros como gritos
é o fim em mim assim diz vem...
em sonos sonhos desconcertados.
Wednesday, October 12, 2011
...Noves fora Nada
...vamos no zum zum do espaço entre desfigurações e trejeitos em remorsos
no preto da bruma que se refez no meu peito ao imaginar-te em mim
na ausência que encaro ao segundo contabilizado nas horas dos dias que gritam em sussuros mais um de menos um a mais
...vida falam da vida
eles
ele
aquele que te encanta com notas em si bemol e fato de arlequim em abandonos de segredos
e no espaço onde me refaço na solidão das noites em branco de negras vozes roucas
quebram-se os espelhos emoldurados corroídos pelo capim embriagado para que passes mais um dia a virar as páginas da morte
...volta
em abraços de cardumes de ternuras acesas em laivos de histórias esquecidas
apanha os cacos renegados pelo chão da minha alma desprovida do nada que te se assemelha em tudo
folheando as letras que deixei para trás no caminho desmaiada em voos de cometas em colisão
eles
ele que fala da vida em gritos de sussuros a mais de menos na loucura onde me deito
deixa-me ficar
assim
abraçada a mim mesma num pudor sem fim
deixa-me ficar
ali
aqui para aqui em preguiças de tristezas rarefeitas como o ar que já se tornou insustentável
na tua ausencia
ferozes leviandades de saudades ou tentações de chocolate na podridão dos dias que o tempo não conta
mais de menos
em terrores insustentáveis
sem nada a perder
porque ter seria ter-te sem te ter mas tenho
o sonho feito realidade
nós em mim
só
tão somente só
sombras que vagueiam lá fora
...deixa-me ficar
pernoitar no mais do menos
nas lágrimas do riso trôpego em sussuros de gritos ensurdecedores
Sunday, October 09, 2011
...amo(r)
...nos teus braços o mundo fica maior
sem segundos apressados a sussurarem no meu peito
nem escolhas com medo de serem desenganos esquecidos na penumbra das noites em que a ausência era dia ao entardecer
...nos teus braços esqueço as sombras que nos atormentam o quarto gelado pelos gritos da maldade alheia
e fecho os olhos na tranquilidade do sonho de sermos um quando o dois foi despromovido em individualidades sarcásticas
...nos teus braços
abraços
o mundo fica maior
e eu pequena demais para querer sem querer fechar os olhos e acreditar que será sempre assim
seremos
dois e dois
um só
amor
Saturday, October 08, 2011
...fica
volúptias sob o luar de silenciosas declarações
reflectidas no espelho sem espelhos de reflexão
espaços entre nós
rabiscos de memórias
em abraços eternos ternamente guardados em cima da arca milenar encerrada no sotão de ausências declamadas declaradas na casa abandonada sobrevoando os fantasmas fanáticos de louvor
cores a treparem os corpos nus
flores caiadas de branco negro em cinzentos desbotados
desabotoados
a desabrochar nas sementes dos suspiros com que povoámos a noite
na pernoita em suores
risos a confundir a fé na maldade dos sonhos das insónias que gritam
vamos
dizem baixinho as sombras em sussuros tentadores
e as sílabas soltas erguem-se na dança dos horrores ocultos em tentações
como suspiros que se comem de boca aberta à espera
vai
gritam as chamas na árvore de natal encalhada pelo tempo
quem
vem
veio para ficar
Monday, October 03, 2011
...feed(me)back
Ganho sempre um pouco mais
de ti
quando nas horas enterradas pelo vento que nos consome
atinge (ainda) o limite da vida que sonhei
Perco sempre mais um pouco
de mim
quando caem cinzas do meu corpo dos jazigos de cárceres pintados nas orgias do pensamento insane
gotas que trovejam em chamas
dentro de mim
loucos rascunhos no papel dos dias que o tempo vai consumindo
a rastejar
pelas ruas de becos pútridos em ruínas
silêncios em gritos feitos horror nas telas dispostas em cima da lareira onde pecam os desenganos
Ganho sempre um pouco mais
de mim
quando os sonhos que atingem limites insatisfeitos
estremecem em reflexos de sombras nas molduras do antro de velas acesas mortas pela razão
e em vultos saltitantes na hora da despedida
cumprimentam-se num abraço de falsidades que temem viver assim
com vida
no tempo sem tempo
dos dias
e noites esquecidas
sem dormir
nas insónias do chão que pisas em manhãs de contra-relógio
tic tac e o medo aparece
cuckoo
na noite que padece de cor em cinzentos desmaiados
click
as sombras formam um só encanto de misérias como sementes a germinar de brio
no estio da força eminente
que é ter-te aqui
agora
lá fora a sussurar cantigas de amor
como fados vadios em ruas abandonadas pelas gentes de faces descobertas ao frio dos encantos
Ganho sempre um pouco mais
de ti
quando os sonhos atingem limites insatisfeitos...
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