.colinas de sol posto
encostas recostas
tentas tombar espaços
traços de minutos em segundos
espaços
contam méridas
méritos
deméritos
genéricos esfíncteres da sorte
.enclausuradas estão as vidas
pulsam de ti em ti
saltitam
cor em cor
espaços feitos retratos
a preto e branco...
.estagnadas águas
movediças gritam
energúmeros espaços
recalques desfalques
mutes em fowards
standby stop
don't cry
be shy
.desfaço o espaço
rasgam
se
mil pedaços
assim como quem respira
inspira sustentos de amenas cores
sem cor
cinzento lúgrube canta
canções d'amigo
.colinas de sol reposto
anoitece
e o dia adormece nos teus braços.
...a noite menina mulher que abraças
enlaces de idos velas acesas incenso jasmim
feita chuva de inocências
dormências do corpo adormecido ao relento alentos
onde o eco é maior eco
no silêncio das luzes rugem lá fora
o eco
sussuros em sombras dobram esquinas onde
queimámos palavras e logros sem norte
ternuras tentações caladas
shiu
beijos de nós grafittis na cidade
cores em nós
olhos onde adormeço teus
gelam sentidos calor
shiu
...a tua ausência dói
me
nossas
egoismos confessos dizes quero-te
aqui
Forçámos o tempo
quebramos sem rasgar laços
quisemos ser encantos que não se dizem
avenida fora como gaiatas nos santos populares
rodam estandartes saias ao vento é Lisboa
aromas que se quedam em flores de Primavera...
...e é Inverno
aqui
e aí no chão que pisas
ajoelhas suplicas anjos e demónios e figuras de estilo à deriva
metáforas tu
e a noite
numa esquina qualquer
aquela a nossa raízes escassas revolvem a terra
onde as horas dormem em portas entreabertas
shiu
o eco cresce em becos acesos sombras
escadas de nenhures cruzam
sentidos obrigatórios
dizem
gosto
a gostar das folhas caídas
e do rumar das gaivotas
o mar que cai
em sussuros lá fora
ecos
...e à noite
a tua voz no meu peito encerra
memórias que somos.
Espera
espero
te
esperas-me dizes num suspiro conténs
reténs reféns claúsuras de sombras maiores
desvanecem medos
espero
shiu
ecos.
...entranhados estão os cernes da questão a serem síndromes de ante-mão encarcerados
pelo tempo no tempo
descentrados do cerne da questão serão escapes de fugas de outrora
naúfragos de bebidas exóticas a desfaleceream tentações
afogam os sentidos
queimam vontades de ser mais
sem ser mais
penhorados os sonhos
o futuro
as angústias do ontem e do amanhã
vulgos tentáculos da demora
imposições do hoje
cercam as fúrias
revoltas de vermelho vestidas
mascarados os motivos
rogam as ruas e as aptidões
que tivestes não tens
a custo zero fizeste-te uno mais um
e outro
aqueloutro a vaguear sem sentido
ruas perdidas
becos esquecidos
foram
sentimentos de outrora
a serem mais
foram
vontades em sonhos de futuros
a custo zero
...penhoras os sentidos
e a vida
entranhados
afogam os sentidos
mascarados os motivos
partículas voláteis
foram
sentidos de outrora
afogas as mágoas num copo de tinto
extinto o rumo
e o vagar.
Cúmplices de silêncios
gritam nas esquinas insanidades em eco
faltam-me as forças
e a razão
anímicas estacas cravadas no peito
despeito
lack of wisdom
desrespeito
flaws crawling inside
colina abaixo
acima medem-se palmos da demora
becos incertos ecos em alerta
perto ao longe
longes que se tocam
abismos
portas a cadeado
arrombadas
no negro
e o negro a esquecer emoções
derrubam esperanças repostas
...as janelas chiam neste espaço feito quatro paredes ocas
recantos de desencantos
onde sombras tilintam
cercam-me como pirilampos a arder na chama do vácuo
vidas vividas
vívidas
como poeira a levantar o vento
tempestades de quereres
ilusões
folmaldeídos explodem
átomos
desfeitos rarefeitos no ar que respiras
desata
tropeça de pés descalços
filho varão que ousaste ser
Manchado está o pano
da voz que te lava o rosto
e o corpo tombado
geme
a morrer cadências
súbitos esgares de demências
prazeres inalcançados
no topo caem omissões
maldições pendentes de frestas abertas
entra o frio
gelas
na descoberta de ti
só
perdeste
perdeste-te
uma vez
e outra
à vez
na pernoita dos sentidos
julgaste doces melaços ao acordar
em olhares que se queimam
queimam resquícios de mim
…e à noite a noite cala lentas contendas de rigores de Inverno encerra minúcias palavras encerra a noite à noite seduz olhares erguem-se ferozes cálidos esgares de prazer terras desabitadas são noites inquietas em noites incertas de luares cadentes a bater no peito ritmos descompassados de memórias deleite meros lilases acesos de paixão são ontens descobertos na noite à noite noites encerram pilares de vitórias tropeçam erros contidos mascaram a fome dos dias …mas ontem em dias acendalhas escondem lirismos desterram transeuntes vagueando em faltas isoladas chuvas rugem em compassos descompassos ritmados no peito faça chuva faça sol roguem ventos roguem mares tumultuosos olvidares mientras cargas de sorrisos compõem o chão que pisas pisaste notas de cem resgatadas em pautas de bemóis azuis miosótis de luares de ti ...à noite há noites de dias vulgares quedas de dias estonteantes em entretantos de sim não talvez à noite os dias serão
Parcos eram os corpos à vassalagem
esquecidos
gritam as sobranceiras visões de
ontens desfolhados
quedas roucas de vozes agastadas
pela razão
meros estandartes a sorrir vãos
infortúnios desfeitos
mil braços dados contam memórias
em rigores de inverno à beira da
lareira composta reposta em lustres ilustres servos da noite
consórcios reclamam nuances
à chuva caem perdições
mortes lentas do desejo despejam
emoções
...lá fora ruge o eco de ti
incertas linhas trémulas mãos
ardentes
trocas nevoeiros de brio reluzente a
contorcer lágrimas ao toque
lá fora és mais
foste dos tais que remordeu fúrias
embaladas de sentidos
meros doces amargam gestos cândidos
luares de azul gelam ao frio
estio da sorte ido
foi contigo
em ti
de ti ardem cravos de multidões
apregoam falidos consentimentos
vagos pilares a esmorecer no tempo
reforçam brios em gritos de guerra.
A paz é glória esquecida
entregue à onda do esforço
escarlate
desvanecem fugas do eu espelhos do
outro reflectem medos
tonturas de becos encerram segredos
teus enredos tatuados na pele
escritos por dizer
mil le motivs e a realidade
contextos escassos de liberdade
quedam-te os risos e a ambição
foge foge réu de absolvição
rendido ao fogo ardente da vil
história
és mais
foste mais
futuros por descobrir
espaços que se encontram iludem
Volúptias de veludo
trepam vulgares capazes fugazes
alvores da consoada
refeitas as malas
falas ecos
miram-te escárnios
de chuva ou sol
faz frio...
E a sorte morre à porta.
...abençoados são os dias do não
ao anoitecer faz-se tarde
e amanhã já não será em vão
senta-te espera
desespera
ostenta figos maduros a apodrecer no chão
na tua mão
mãos que se colhem à revoada
névoas insultuosas
gemem loucas no eco.
Há reflexos a desfolhar
debater
atraiçoar...
engana a sombra de ti
à luz do dia
que é tarde
faz-se tarde neste anoitecer de figuras de estilo
metáforas cantam errares traçados
mil fados de ti tacteiam vozes
caladas
séculos de escuridão gelam odores
e a razão
de ser
sem ser
foram becos de lugar algum
saídas de entradas esconsas
tumultos de iras tónicas
em crónicas de aconteceu...
e as palavras que pecas agora dobram esquinas.
Partem as memórias
ao espelho repartem silêncios.
...mira a vida
troca o palco
de pé descalço fez-se homem.
Cala os dias ao anoitecer
que a vida são volúptias de prazer.
...mil passos dados
um só cair do pano
palcos cerrados
punhos encerrados
em nós
...um só passo caído
no cume da memória
estreitos cumprimentos da chegada
adeus em acenos de costas voltadas
à razão
...mil estradas caminhos
desavindos na bem-aventurança esquecida
pontos de partida
chegadas
de vermelho em semáforos
andam acendem
culminares
olhares que se cruzam
descruzam linhas trocadas
por enganos
desenganos tolhem rombos nas escadas
degraus de subida
passagens de idas
sem volta
a voltarem revoltarem segredos
púlpitos escondidos
verdades apalavradas em contratos de papel pardo
erguem cartazes em altares sagrados
rejubilam os engodos
...mil passos dados
um só caminho
fecham-se as portas
abrem-se pecados devoram histórias
idas à volta te esperam
em secretos adeus
de olhares enlaçados.
Não sei se te diga
ou escreva
talvez entendas ou sub-entendas
o não dito nos silêncios que farei...
...não sei se sub-entenda
ou emende
a escrita que tracei no nosso rumo
a verdade a ser mais que ilusões
equilibradas num fio de prumo
...não sei se te renegue
a realidade a ser ilusão
de tanto querermos ser mais
fomos tamanha devassidão de sinais
perdidos em escapes de fugas elaboradas
e mentiras feitas vaidades
a céu descoberto
encoberto de nós
tontos sonhos enriquecem memórias
Não sei se te diga
ou erre os dedos enlaçados de outrora
se sub-entenda mal-entendidos
nos silêncios que foram demais
meros sinais na devassa...
...a remediar sentidos.
Rugem os segundos
gente sem face calcam espaços no vazio
sem abrigo com tecto pilim ou razão
volteiam danças a surripiar ribaltas a quem passa trauteiam trotes
passos que vão ficam esfumam-se em solidões rodeadas de faces
desfiguradas
estrangeiros na mesma terra
ungem mundos grunhem escarlates ditos desditos
tatuados no ar rarefeito que nos consome
valas abertas como abismos
copos a tilintar brindes desprovidos de história
sorriem as glórias caídas de ti
no teu peito verdades rasgam ímpetos
comovem-se as solidões e verdades maiores
erguem pilares edificam estátuas na pele
fogos fátuos desmembrados
a serem enleites de sussuros
em vitórias.
...vagueiam loucos nas ruas onde te escondes
na tentativa de encontros de demoras
materializam-se os sonhos
...pedras nas palmas das mãos
a jogar ao tic tac de assombrações
escolhas de sonhos
ambições lá fora choram sorrisos
lágrimas de sorte a desfazerem medos
de afrontas
medonhas aparições em sonos prolongam a vida
de vívidas paisagens ao cair do Sol
luas rarefeitas encantam feridas abertas na pele
descobertas incertas à cautela
colhem tempestades
rogam aos céus
cartas de amor
em ecos de vénias subalternas
tateiam o chão.
...vagueiam os loucos
em sonhos nas palmas das mãos.
…escuta o cerco que me consome em chamas fraternais
queimam os sentidos falsas memórias que tombam
lúcidos escaparates perfeitos a conter deleites de nós
dois secretos impulsos libidinais a escaparem à sorte
entoada a preceito
como sonatas de sol maior a remeterem vultos de tangos altares
de enlevo
…lê o toque gritante a calar versões de ti
vi vimos leigos em apelos de roucas tentações castrações de
sonhos sossegados
calados em suspiros e abraços de suores gélidos em compassos
mil
corpos trocados a serem um como um são dois e dois um corpo frio
à tona da glória
memórias escassas em emoções como escaparates a sussurrar
amores
dor de ser sem ser
sermos
longe ao perto
perto de ser
loucuras a ganhar vida nas esquinas abandonadas em devassas
vozes guturais
encantos de sereia
amordaçada liberdade
escuta o cerco que me consome em chamas fatais a queimar
sentidos
secretos impulsos libidinais a escaparem à sorte como
escaparates a sussurarem
te
amo